sexta-feira, 10 de abril de 2009

Associated Press e web semântica

Reflexões sobre a
discussão da
Asociated
Press
em torno do direito
autoral e os sistemas de busca
Na semana passada, discutia com Adriane Halmann sobre o que viria a ser a web semântica e como ela estaria mudando o atual perfil da web. Chegamos a algumas conclusões e a muitas dúvidas, que nos incentivaram a continuar na empreitada de tentar entender qual era a nova missão de Tim Berners-Lee - o inglês responsável pela criação da WWW, nos laboratórios do CERN, na Suíça.

Desde os idos de 1990, a web continua a se metamorfosear, transformando o modelo estático inicial em uma plataforma onde o utilizador pode também criar e distribuir produtos com conteúdos que lhe interessem. Esta seria mais ou menos a lógica da Web 2.0. A web semântica, tratata também como Web 3.0, traria a proposta de interligar a "rede das redes" em um poderoso banco de dados. Os sistemas de busca seriam guiados não mais por palavras-chave, mas por conceitos. Os motores de buscas seguiriam a lógica de metadados interligados por uma linguagem própria e universal, potencializando as tags.

AP: um contraponto


Uma das fotos da AP premiadas
com o
Pulitzer

Fonte: http://www.ap.org/pages/about/pulitzer/pulitzer.html

Mesmo sem saber exatamente no que isso vai dar e já percebendo algumas experiências neste sentido, chamou a minha atenção hoje a informação de que a agência de notícias Associated Press pretende processar aqueles que têm usado indevidamente o conteúdo do seu site. Segundo texto publicado no IDG NOW!, a AP planeja a criação de um sistema que rastreie conteúdo online e assegure o seu uso legal. Ao mesmo tempo, ainda segundo o IDG, a AP vai desenvolver páginas que encaminhem os leitores para as fontes mais competentes para determinada notícia.

Sem entrar no mérito da discussão do direito autoral neste momento, surgiu-me mais um ponto a acrescentar nestas investigações sobre o que vem a ser a web semântica. Se sigo o raciocício conceitual adequado, pode ser que a tendência do grande banco de dados interligados, à disposição das pessoas, seja um contrasenso. Sob o ponto de vista dos sujeitos, antes meros espectadores, isto parece maravilhoso. Mas sob a ótica de outros sujeitos, que produzem profissionalmente conteúdos - no caso da AP, no mundo inteiro - isso se complica. E se inserirmos nesta teia a competição entre o mercado produtor de conteúdo, isso talvez seja leviano. Conclusões? Nada!... Num campo de extrema complexidade, continuamos a refletir!

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